Parte I - Impressões sobre o que desejo.
O trabalho que desenvolvo nesse projeto parte de uma observação sobre a força e potência que a Performance, enquanto ação artística, tem de se converter em uma possibilidade política de rever como vivemos em sociedade, com nossos medos pessoais, nossas vontades/desejos e nossa posição social frente a uma variedade de problemáticas contemporâneas, que estão intimamente ligadas com nossa esfera pessoal.
Aqui exploro as potentes ações "cotidianas" inspiradas em vontades e reações que pessoas de diferentes credos, idades, lugares propõem às minhas perguntas. E, principalmente, me coloco uma questão, inspirada na pesquisadora e artista brasileira Eleonora Fabião, em seu texto Performance e Teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea:
"Ser e não ser, eis a questão; ser e não ser arte; ser e não ser cotidiano;
ser e não ser ritual"
Vamos adentrando no universo tênue entre Performance x Não ficção. Essas ações dilatam o tempo "cotidiano", colocando uma "lente de aumento" em ações aparentemente ordinárias, que não necessariamente tem a função de serem artísticas ou mesmo reconhecidas como arte, mas que podem ser vivenciadas de uma maneira performática- no sentido que visa afetar um interlocutor para que este redimensione seu ponto de vista para com a ação realizada e também extrapola fronteiras corpóreas,fazendo o corpo como meio e instrumento para produção de sentido.Um corpo afetado por diversos estímulos e paisagens emocionais, que dialoga, com ouro corpo que se deixa afetar por um canal subjetivo e receptor.
E é exatamente este corpo em estado ,permanente, de relação com o mundo que vai reconstruindo e desconstruindo padrões relacionais.
Proponho,sem arrogância, a possibilidade de vivermos "existências performáticas".
E é exatamente este corpo em estado ,permanente, de relação com o mundo que vai reconstruindo e desconstruindo padrões relacionais.
Proponho,sem arrogância, a possibilidade de vivermos "existências performáticas".
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